Aos poucos
A morte invade as entranhas
… o lado oculto do lunático
E consome lentamente todas suas células
Incorporando, então, todas as sadias
Metástase
Neurônios destruídos por baratas nojentas
Alimentadas de veneno de inseto
Morte lenta, dolorosa e sofrida
Palavra sem eco
Nem mesmo tom ou som
Vaga-lume sem pisca-pisca
Energia: zero...
A morte invade as entranhas
… o lado oculto do lunático
E seu choro fica embutido
No último solo de guitarra em prantos
E se esquiva dos consoladores
Que ao menos percebem seu olhar
Mas farejam carnes e ossos putrefatos
Consumido pela sagacidade da implacável moléstia…
A melancolia invadiu completamente as entranhas
… o lado oculto deste lunático...