ON THE ROAD
Os ciprestes erguem-se ao vento recôndito da noite, revejo os dias efémeros de um passado de fissuras inexoráveis. O teu rosto revela uma melancolia esparsa que a luz não extingue. Que insondáveis palavras não dissemos quando trocámos os lábios e os dedos no fulgor do desejo límpido? Onde bebemos a água com a boca comovida pela alegria dos beijos íntimos? Àquela hora, ao vento recôndito da noite, revejo a paisagem efémera inundar os teus olhos sombreados no patamar de palavras breves e últimas.