Auroras e madrugadas
 (Poesia a oito mãos)
 
Na minha mente
há uma história passada
e um verso que diz que a porta
só se abre do lado de lá,
independe da minha vontade.
Identifico esse sentimento de amor
em todas as noites mal passadas,
com as quais já estou acostumada.
Tristeza absoluta!
Assim se cumpre o ciclo da vida:
acaba-se um romance
e, mesmo assim, segue adiante
na obscuridade,
desenhando rastros
de intensa saudade.
Fingir não amar a quem
eu daria a minha vida
consigo algumas vezes,
mas não sem dor, sem lágrimas.
Quantas vezes faço esse exercício
ao longo da caminhada
e o meu íntimo lamentando
o tempo que me persegue,
me assombra, me pede
para daqui ir-me embora.
De volta ao passado,
deixar-me chorar
para o meu alívio
nos braços de quem até hoje
me mantém crucificada
sob a opaca luz de noites de nevoeiro
E em todas as futuras luzes
de tristonhas auroras e madrugadas.
 
Mariza Brasil
Chicago, 30.06.08
Direitos autorais reservados.
 
Poesia feita a oito mãos e, emocionada, agradeço à Chéri, ao Jacó e à Flor os comentários que compuseram as três primeiras estrofes com pequenas modificações para se adequarem a este maravilhoso lamento de amor. Vocês são fantásticos como leitores, amigos, poetas, parceiros de palavras para se escrever uma linda poesia de amor, mesmo que triste, mas a essência de cada um se encontra nela. Para vocês, a minha sincera e duradoura amizade e admiração.
 
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Divino poema, querida Mariza. Um mosaico colorido pelo seu coração amoroso. Eu adorei e agradeço aos céus por tanto carinho. Há muito pensava em algo assim com os comentários que recebo do Recanto, mas nunca imaginei algo tão sublime como ficou este texto. Muito, muito obrigada. Fiquei encantada. Amo você. Beijos, Meriam


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meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 06/07/2008
Reeditado em 04/03/2010
Código do texto: T1067614
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