O inferno no inverno
Seus sapatos pretos de couro cru
Comandante ávido dos seus passos vorazes
Sapateiam pelas calçadas sujas de lama
E acompanham seu caminho para o inferno.
Inverno onde animais humanos morrem
De um frio estrelar e sem cobertores
Apenas jornais com notícias antigas
De fraudes, nas instituições sociais.
O soldado espalha dejetos espalhados
Com toques de general da reserva
Enfurecido pela falta de comando
Neurótico por comandar merdas
Espelho de seu próprio comando.
Seus sapatos pretos de couro cru
Entram consigo neste inverno para o inferno
Anjos negros sem asas
E o fogo do verão no nordeste brasileiro
Aqui em São Paulo…