O pesadelo
Se fosse um sono leve e tranqüilo
Algumas calorias se dissipariam
Mas fora um pesadelo, intranqüilidade.
Tanques, munições bélicas e holocausto
Perseguição, dor e martírio...
Consciente das perturbações
Lógica traumática dos dissabores
Máquinas humanas do extermínio.
Rostos desfigurados e máscaras grotescas
E o cobertor alçando vôo para o chão.
Corpo sedento para acordar
E acabar de vez o sofrimento
Mas o motim continua
Arrasta imagens assustadoras
Combate cruel, desumano e insensato
Luta insana dos destemperados.
Meu monitor interno mostra figuras
E acende-se a esperança
Calor, amor e imaginação...
Cadáveres putrefatos desaparecem
E em seus lugares aparecem “fantasmas camaradas”
Alívio e despertar.
Muitas, muitas calorias dissipadas e energia desperdiçada
E aí volto a sonhar, mas acordado
Descubro castelos magníficos e grandiosos
Mesmo sendo apenas o camareiro...