Ladeira

Ladeira

Nascia, enumerado pelos seus dentes,

Os primeiros raios de sol.

Às vezes corro pelos campos,

procurando regularmente a visita intolerável de bailarinas.

O atraso do trem causa-me distorções no abdômen.

Minhas conquistas nunca se limitam no mais vulgar

e a parte final é sempre tomada de grandes sóis.

Giro sobre o tornozelo, muitas vezes quebrado pelo amanhecer

e percorro com o olhar a janela branca, o ponteiro.

Nosso sorriso não é permitido.

Um pôr-do-sol nos confunde com a ladeira.

A subida é cansativa “sozinho”.

Um automóvel, nossos encontros.

Minha alegria foi te imaginar como silhueta.

Entrei neste instante no oceano profundo de meu vazio.

Agora é preciso descansar,

virar para o outro lado e esperar.