SE ÉS SONETO...

Nós dois: Um pensamento domado

E a emoção montando um cerco...

É nessa razão em que me perco

Povoando um olhar desconcertado.

Agrido os instintos dizendo, não!

E não basta ver-me desse jeito?

Queres arremesso ao meu peito

Como és: Soneto de minha mão.

Ah, pertencer que não vai ao fim...

Brinca de amar dentro de mim

Sujeitando-me a tanto abuso.

Mas, se há querer, porque me deixo

nos excessos se me queixo

E dessa euforia eu nunca fujo?