Arremates n'alma
Passado de cheiros podres
E gosto amargo na boca
Rasgada por recortes de tesouras afiadas
Remata, arrebata um visgo rouco
Que, de nada, um pouco ausente
Fez-se louco
Pus-me a buscar resposta à vida
Firme, apressada
Fiz-me pungente
Sustentei apregoado véu de sombra
E, em meio à luz,
Sorri, ardente
Vulcão de cores
Voltei à tona
Busquei descoloridas cores
Repintei-as uma’uma
Pincei as fitas
Uni retalhos
E de arremate,
Cicatrizei a alma!