Fuga!

Sou conduzido por tempestades generosas

A abandonar as imagens do cotidiano

Parar diante do lago límpido da vida

E olhar aquela face que me causa arrepios.

Amparo-me nas muletas

Previamente colocadas próximas a mim

Trato de ser rápido e eficiente

Pois elas podem dar lugar a outros utensílios

Não tão confortantes

Contudo, decisivos.

Embriago o meu ser com drogas fantasiosas

Desvio do roteiro

Mesma rotina dos desavisados e desorientados

Busca do irreal

E das brincadeiras de criança...

Fuga!