Lápide
O querer abafado
pela pressão do dia a dia
é brasa condenada
à morte cinza.
O querer acinzentado
pela treva sem alegria
é luz apagada
no espaço frio.
O querer esfriado
por imposta distância
é energia desperdiçada
no cansar inútil.
O querer inutilizado
na atropelada ânsia
é a morte apressada
no terrível engano.
O querer perdido
em mudas palavras
é a lápide do silêncio
que enterra uma paixão.