Os monstros
Não guardo monstros em baús
Não os trancafio a sete chaves
Tampouco nutro desdém de tais espécies
Aliás, muitas vezes nos são necessários
E por não desprezá-los
Tenho até as suas informais considerações.
Fazem-me penetrar por desvios
Que os comuns não imaginariam
Como fato da vida, mas de fato, existem
E estão por aí.
Guiado que sou por estes nigromantes
Que a tantos se parecem insanos
Todavia, aos meus olhos, são fabulosos cicerones.
Não guardo monstros em baús
Não os trancafio a sete chaves
Tampouco nutro desdém de tais espécies
Apenas os respeito, e eles, a mim
Assim sendo, somos amigos...