A fera da madrugada
A tal fera da madrugada
Que segundo os tradicionais boêmios
Consome quantos amantes por ela passar.
Amantes vassalos
Crias dos seus próprios desejos
Entorpecidos pelo veneno da víbora
Perambulam inconscientes por vielas sem destino.
A tal fera da madrugada
Nunca fora vista em tais momentos
Mas, segundo os tradicionais boêmios
Sua sombra é vista entre os prédios
Mistura clássica de terror e amor.
A tal fera da madrugada
Caminha vagarosamente ao encontro dos amantes servis
Não deixando rastros nem marcas
E tais amantes indefesos
Entregam-se às garras da tal fera...