Droga!

Fui teu escravo

Maldito pó branco, infernal

Fizeste-me agonizar em delírios múltiplos

Multiplicado pelo dobro de tremor

Foste parceiro dos traficantes de corpos

Que avalizavam minhas compras a prazo...

Então, fui escravo também dos avalistas

Que trocavam meu despudor

Por agulhas injetáveis

Marcas que macularam meu ser...

Agora, és meu escravo

Maldito pó branco, infernal

Faço-te apodrecer em total desdém

Multiplicando pelo dobro o meu orgulho

Sou parceiro dos guerreiros do amor

Que avalizam minhas compras à vista...

Então, sou escravo-livre destes avalistas pacificadores

Que trocaram minhas máculas

Por bênçãos de irmãos...