Privada
O lago se apresentava límpido
Não era turvo, e nem sinal de algas
Ao seu redor, um paredão de porcelana alva
Protegia-o contra calamidades.
Pouco a pouco, tempestades inesperadas
Lançadas vorazmente e sem rumo certo
Porém, com destino traçado
Jorrou-lhe abruptamente
E, cessou…
E o lago que era límpido, incolor e sem algas
Fora tomado, não só pela sujeira
Mas também pelo amarelo da tempestade
E por todos os animais que com elas vieram.
O paredão de porcelana alva
Agora, continha manchas
Que transgrediam o seu feitiço.
Como por encanto, e num só canto, uníssono
Veio o frescor da natureza
E desprendeu dos seus enormes paredões
Uma enxurrada de água límpida
Furiosa e determinada.
Lavou o paredão que era alvo
Tornou-se manchado, e agora retornou a alvura
Fez sumir o doentio amarelo do lago
Que era límpido, e se tornou amarelo
E agora, tornou a ser límpido.
Agora, resta saber:
O que se fará pela planície
Que circunda a montanha de porcelana alva?
Sobraram pingos!!!…