Tal qual Cyrano de Bergerac

Tal qual Cyrano de Bergerac, o poeta

O poeta que sai das minhas entranhas

Percorre incólume por caminhos

Que outros não suportariam

Talvez por não conviverem no Olimpo.

Claro está

Pois, que minhas lágrimas derramadas

Formam oceanos de dor, de sofrer

Mas mesmo assim as cultivo

Como também cultivo as flores do campo

Racionais, por sobreviverem por si só.

Tenho a solidão nas tintas e nos papéis

Que me acompanham

E descobrem caminhos, para tantos outros

E somente um para mim.

Tal qual Cyrano de Bergerac, o poeta

Este poeta não pede

Este poeta apenas transcreve, e, transcreve

Escreve, e, escreve.

Sei… esse é o meu caminho…