Ausência desmedida

Sofreguidão que custa

O bem ausente

que sofre

purga

E apregoa

O mais que amar

perdoa tanto sofrer

Até que doa

E sofro, sim,

Ausência desmedida

Abraço, afago, colo

Em horas más ou boas

Beijo que aquece

A boca e o coração

Que vive

Bem mais que o amor,

Que a convivência

Amizade

Convite à vida inteira

E justifica uma vida em solitude

Dizendo, sim, que quero mais que tudo

Ser mais que tudo, feliz, insensatamente livre

Mas quero, mais ainda, a liberdade do amor que prende a alma,

sem querer enredar o corpo à marra

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 04/07/2008
Código do texto: T1065298
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