Ausência desmedida
Sofreguidão que custa
O bem ausente
que sofre
purga
E apregoa
O mais que amar
perdoa tanto sofrer
Até que doa
E sofro, sim,
Ausência desmedida
Abraço, afago, colo
Em horas más ou boas
Beijo que aquece
A boca e o coração
Que vive
Bem mais que o amor,
Que a convivência
Amizade
Convite à vida inteira
E justifica uma vida em solitude
Dizendo, sim, que quero mais que tudo
Ser mais que tudo, feliz, insensatamente livre
Mas quero, mais ainda, a liberdade do amor que prende a alma,
sem querer enredar o corpo à marra