ETERNA SAUDADE
Já não navego em mares ocultos e nem me embriago com o pôr do sol
Já não adormeço ouvindo as ondas a se quebrarem na praia
e minhas âncoras hoje estão enterradas na terra se alimentando de pó.
Já não navego em mares sonolentos com poetas cantando versos em meu convés.
Já não desperto ao sopro dos ventos a sacudir as velas da minha embarcação, interrompendo meu sono, enquanto marinheiros cantarolando passeam em meu convés.
Hoje fantasmas do ontem me acompanham nesse terreno baldio
aonde nem os murmurios dos rios dissipam esta saudade,
saudade dos mares bravios , dos portos sempre tranquilos aonde eu descansava das minhas longas viagens.