Sinais Modernos.
A manhã azul-acinzentada,
a oportunidade de tentar,
uma ou mais vezes, milhares,
participar do processo construtivo,
a destruição de todas as coisas,
tudo aquilo que dantes aqui estava,
sucumbindo perante os pés e mãos,
perante a mentalidade assassina
daqueles que aqui estão,
e daqueles que estão por vir...
O ferro e o aço projetado para os céus,
surgindo como árvores do chão,
firmes e eretos, os sinais modernos,
a contemporaneidade que assombra,
o ato de vislumbrar a evolução,
projetar uma nova seleção natural,
fazendo o que se quer semter danos,
sabendo que pensar é o primeiro passo,
e que o ato é a consequência disso,
sabendo que o primeiro passo é o que se deseja,
e que o último ato é ver tudo retornar...
Próximos do mundo perfeito,
onde a beleza é um monte de concreto,
e o ideal é buscar o que os outros querem,
que o futuro é ofoco de nossas vidas,
mas e o agora? O que acontece com o já?
O sentimento morre congelado,
os olhos se cegam com os desejos,
e os sonhos perdem o seu sentido,
de alimento da alma se tornam utopias,
contos-de-fadas sem moral alguma,
assim como as crianças que vejo,
como todos que vejo caminhando nestas ruas...