Um breve futuro
Meu futuro é recente, chega sem saber como
um barco sem leme e de velas rasgadas
Cabe-me reconstruí-lo, ou, em breve construir
com os farrapos do tempo e da solidão
os ventos que levaram minhas velas, me ajudarão
a respirar novos ares que estão por vir.
Sem saber de onde começar, só saber um Quando
de tempo sem espaço, sem futuro, nem passado...
Onde não se deve prever, apenas desejá-lo,
buscando-o nos Bojadores da memória infinita
Desatinando o mais plácido sofrimento, sem culpa
e sem a exata noção da paixão que crepita.
Esse infinito que é o passado, presente e futuro
na verdade é um horizonte que se parece um muro
Uma flecha lançada, amparada pelo vento da incerteza
resvala em sua superfície branca e atravessa-o, certeira,
Agoniado, veloz, querendo saber onde está o fim,
Sinto-a penetrar, indubitavelmente, em mim!
Obs. Texto feito por Marcelo Lopes e Vanessa Colichini!!!