Esperança
No silencio da noite
trago trancada no peito
toda a existência de um segundo
aprisionada em olhar silente
E na frágil expressão
na vontade subjugada
minha fome de vida
se sacia com a dor da resignação
Resta-me o sol do amanhecer
à estender-me seus longos braços
num amplexo de energia e calor
tal qual um amigo, um irmão
E ainda que tudo pareça contradizer
uma esperança guiará meus passos
iluminando novamente o caminho
onde amor irá renascer
Num mundo de encantamentos
vislumbrarei em verso e rima
a luz azul a varar pelas meninas
de teus olhos castanhos...