Esperança

No silencio da noite

trago trancada no peito

toda a existência de um segundo

aprisionada em olhar silente

E na frágil expressão

na vontade subjugada

minha fome de vida

se sacia com a dor da resignação

Resta-me o sol do amanhecer

à estender-me seus longos braços

num amplexo de energia e calor

tal qual um amigo, um irmão

E ainda que tudo pareça contradizer

uma esperança guiará meus passos

iluminando novamente o caminho

onde amor irá renascer

Num mundo de encantamentos

vislumbrarei em verso e rima

a luz azul a varar pelas meninas

de teus olhos castanhos...

Carlili Vasconcelos
Enviado por Carlili Vasconcelos em 30/01/2006
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