A FONTE

Sandra Mamede

 

Àquelas bandas voltei para rever

Uma  certa fonte por ali a correr

De águas puras, límpidas que por ali corria

Mas quando lá cheguei, vi tristemente que morria

 

Antes bem cuidada, as águas transbordavam

Onde os animais com prazer bebericavam

As lavadeiras, as roupas em trouxas lavavam

E  ali mesmo, seminuas se banhavam

 

Agora, sem cuidado, ali abandonada

Não passa de uma corrente suja, descuidada

Quase sumindo entre as pedras e o chão

 

Nada mais resta do que fora outrora

Dos tempos idos, nada mais é agora

Mais alguns anos...e dela nem lembrarão.