INOCÊNCIA DE TEMPO!
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Talvez não seja o tempo,
tampouco esta hora que passa...
talvez seja a inocência deste
relógio que insiste viver
marcando o momento
combalido no meu peito!
Talvez o registro da marca que
tanto assinala as efemeridades
de sinais que anunciam
possibilidades que não
consigo tanger, embora
eles consigam me tocar
nesta maneira sutil
de me lembrar... você!
Talvez nada alcance o tinir
que esvoaça meu cérebro
neste badalar solitário
de caneta e papel me
revelando absorto
sobrevivente de uma
hora morrendo...
Susto o meu surto sem
temer a falta de fala,
contudo, sou a mesma hora
que impõe novas marcas em
sua lembrança toda vez que
meu sopro nina a sua face!
©Balsa Melo
30.06.08
João Pessoa - PB- Brasil