Letargia
Corpos constroem fragmentos
Quando o vento move os galhos
No outono que arde a nostalgia
De um paixão perene pela arte
Que mantém a chama acesa
No candelabro sob a mesa
De dois alucinados amantes.
Os versos soam como sirene
E mantém pensamentos vivos
Acordando as folhas que caíram
Desapodrecendo frutos do chão
Desamargando o féu das dores
De uma saudade que se rompe
Na entrega delirante de amores.