GALOPE NA BEIRA DO MAR

Sonhei, tu surgia aflorando do ausente

Vestida de branco e clamando por mim

Num risco de sonho, voraz querubim

Voando sem asas toda displicente

Já eu ti lançava um olhar indecente

Dos que engravidam somente de olhar

Foi quando chegaste a me desnudar

Com toda volúpia, como furação

Depois tava nós dois rolando no chão

Fazendo galope na beira do mar