Florestas
Da brasa forte
Do vermelho candente
Faísca de fogo
Assopro do vento
Só maltratá-la
E não senti-la por dentro
Destrói beleza
Morte sem veneno
Na dor da tristeza
Rugindo feras
Cobrindo esferas
Refugio de eras
Sombra na mata
Melancolia profunda
Conversa de espíritos
União da magia
Amor contagia
Duendes e fadas
Magos, piratas
Bruxas, ciganas
Índios nas tocas
Casas, maloca
O seu lar
Sua pátria
Vívida e amada
Serpente que escorre
Entre folhas, filhas
A chuva alimenta
O sol é ardente
A lua que supri
O tempo que venta
Na mata, na tenda
Tudo é beleza
Desde o inicio
Tempos remotos
Burgueses
Patrícios
Destroem a mata
Desligam o aviso
Não sentem pena, compaixão
Pobres desiludidos
Ferem sua terra
Sangram o seu futuro
Alma célebre de Deus
Futuro chora, clama
Impiedosos humanos
Tratam-na como lixo
Por ganância
Por miséria
Por ódio
Por capricho
Salve você
Salve as florestas
Belas plantas, matas
Árvores singelas
Sem culpa, receio
Cuidá-las
Não em seu fim
Mas em seu meio
Profundo amor
Á todas elas
Florestas.