Florestas

Da brasa forte

Do vermelho candente

Faísca de fogo

Assopro do vento

Só maltratá-la

E não senti-la por dentro

Destrói beleza

Morte sem veneno

Na dor da tristeza

Rugindo feras

Cobrindo esferas

Refugio de eras

Sombra na mata

Melancolia profunda

Conversa de espíritos

União da magia

Amor contagia

Duendes e fadas

Magos, piratas

Bruxas, ciganas

Índios nas tocas

Casas, maloca

O seu lar

Sua pátria

Vívida e amada

Serpente que escorre

Entre folhas, filhas

A chuva alimenta

O sol é ardente

A lua que supri

O tempo que venta

Na mata, na tenda

Tudo é beleza

Desde o inicio

Tempos remotos

Burgueses

Patrícios

Destroem a mata

Desligam o aviso

Não sentem pena, compaixão

Pobres desiludidos

Ferem sua terra

Sangram o seu futuro

Alma célebre de Deus

Futuro chora, clama

Impiedosos humanos

Tratam-na como lixo

Por ganância

Por miséria

Por ódio

Por capricho

Salve você

Salve as florestas

Belas plantas, matas

Árvores singelas

Sem culpa, receio

Cuidá-las

Não em seu fim

Mas em seu meio

Profundo amor

Á todas elas

Florestas.

Adriano Ota
Enviado por Adriano Ota em 28/06/2008
Reeditado em 17/05/2009
Código do texto: T1056127
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