Sonhos no varal...

Pendurei no horizonte

os meus sonhos alvejados,

já batidos, anilados,

espremidos, bem torcidos,

antes, panos encharcados

pelas lágrimas molhados...

Lá estão já quase secos,

pela brisa que os embala,

e o calor do sol poente...

Amanhã...

sonhos refeitos,

novamente eleitos sonhos,

num dançar de banderolas,

brancos lenços me acenando...

eu os recolho novamente,

dobro e guardo no meu peito

com a luz do sol nascente...