Espiando
Era já noite.
O som do mistério se espalhava pela natureza,
e o canto do mar soprava uma paz estranha,
pela areia que brilhava
espelhando a lua.
Mais adiante, o verde dançava
entorpecendo a noite,
e os ruídos dele, convidavam
para adormecer as flores selvagens.
No céu, as nuvens leves, pálidas,
vigiavam a praia e trocavam versos,
com as ondas dançando o seu ritual.
E minh’ alma escondida, silenciosa,
furtava um pouquinho daquele momento mágico,
quando, durante a noite,
todas as coisas acordam.