Espiando

Era já noite.

O som do mistério se espalhava pela natureza,

e o canto do mar soprava uma paz estranha,

pela areia que brilhava

espelhando a lua.

Mais adiante, o verde dançava

entorpecendo a noite,

e os ruídos dele, convidavam

para adormecer as flores selvagens.

No céu, as nuvens leves, pálidas,

vigiavam a praia e trocavam versos,

com as ondas dançando o seu ritual.

E minh’ alma escondida, silenciosa,

furtava um pouquinho daquele momento mágico,

quando, durante a noite,

todas as coisas acordam.

sofer
Enviado por sofer em 29/01/2006
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