Ode Sampiratiningana
I
parece que está amando a cidade
decerto está sempre a voltar
quase tropeça em mendigos gentis...
não há porque pedir num lugar tão ilusões
o chão chegará, amigo, a uma da madrugada, para todos
parece amar, odeia, ama, espalha (ninguém se importa)
II
uma grua distante na República, avenida Ipiranga abaixo,
um arco (do triunfo) mesquinho
escondido entre tapumes, o edifício Copan batuca
através está o caminho,
do lado de cá, o lado de lá
do lado de lá,
alguém parece estar amando a cidade e antecipando um sonho copioso: míngua transcendental.
Sampiratininga, 27 de junho, 454 (2008)