DESEJO

Santos os que não conhecem

Fagulha sequer

Do tão temido Pecado,

Pois a eles pertencem os prazeres

Mundanos.

Tranqüilos os que não conhecem

Fio

Da temida luxúria, pois a eles pertence

A vida.

Sorte dos que não conseguem sentir,

No fundo de suas entranhas,

Faísca de remorso, pois a eles está reservado

Nosso quisto paraíso.

Felizes são os que não têm consciência,

Pois a culpa dos mortais

Não lhe faz par

Nesta vida, ou n'outra.

Pleno, Tu, ò Criatura,

Que não vislumbra a Moral dos demais

E vive sob a sombra do teu mais íntimo

E voraz Desejo!

Gustavo Marinho
Enviado por Gustavo Marinho em 28/01/2006
Reeditado em 13/05/2012
Código do texto: T105179
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.