DO PENSAMENTO PURO À PURA REALIDADE

Nas asas do Pensamento

Eu estirava-me no regaço da aragem:

Lá vou eu nas alturas, flutuante em brisa

O sonho colorido mostrava-me os diamantes

E de seu peito oferecia-me esmeraldas

Ao que, n’auge do outeiro,

Trouxeste-me tu às baixas imagens terrenas do tudo

Trazias tu uma rosa

Tão rosa, que dela não distingui-te ao ver

Fiel símbolo foste buscar!

As pétalas bucais de teu sorriso

Não orvalharam néctar: quero dizer palavras

Fizeste-me vir às frias geladas da refrescura sombria

E não me darias palavras?

Um instante veio;

Dois se foram;

Alguns nem pararam

E agora, ah sim... as pétalas se abriram

E da taça pingou para mim um sorridente suave tchau

__ seguiu ela o seu caminho...