Harpas
De tudo que conheço
Nada mais puro e íngreme que a altura de tua alma
Nada mais esquivo que as lembranças que não se fizeram
Perguntaria apenas se me existo.
Na noite das grandes luas
Tenho como companhia o uivar de cores berrantes
E as chamadas pastéis não me satisfazem a fome
Ouço mais suave a cor de tua alegria.
De tudo que reconheço
Ainda me falta o ar puro do seu arfar
ao tocar leve as cordas de uma harpa eólica.
Ventos uivantes!
Caminho sempre em círculos
Evitando ângulos que possam distorcer minha visão.
Antes certo de ser o centro de algum alvo.
Tudo,porque tudo desconheço!
Jaak Bosmans 7-5-2008