NAUFRÁGIO

No mar bravio, em ondas gigantes,
enfrentei tempestades, ventos
redemoinhos.

Quis superar o medo
que havia da largada
para o mundo real.

Na própria areia deixei
pegadas, registros,
das caminhadas na tentativa
de tirar das entranhas
a sublime missão de amar.

Por oceanos desconhecidos,
em águas turvas mergulhei fundo.
Abracei tudo por todo lado.

Uma sensação estranha de liberdade,
fazia-me percorrer na minha fantasia,
que tudo poderia deixar-me desiludida.

Minha intenção era me ajudar.
Mesmo deixando escapar
o encanto de ser amada,
sobrevivi com vida desse naufrágio.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 25/06/2008
Reeditado em 20/03/2009
Código do texto: T1050392