A morte

A morte tão presente e tão viva,

Tão sublime e tão esquecida,

Vivo sem pensar na morte

Como tola que sou.

Vou vegetando e vivendo com muito rancor,

Tenho rancor do céu e do mar,

Das rosas ,das arvores,

Dos pássaros, das borboletas,

Tenho rancor da própria morte,

E por isso não percebo

O quão viva ela está,

E assim vou:

Sofrendo ,remoendo,e doendo

Como se a morte não existisse

E assim não vou amando,

Gozando e delirando

Como se a morte estivesse morta.

Dayse Castro
Enviado por Dayse Castro em 22/06/2008
Código do texto: T1046538
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