A morte
A morte tão presente e tão viva,
Tão sublime e tão esquecida,
Vivo sem pensar na morte
Como tola que sou.
Vou vegetando e vivendo com muito rancor,
Tenho rancor do céu e do mar,
Das rosas ,das arvores,
Dos pássaros, das borboletas,
Tenho rancor da própria morte,
E por isso não percebo
O quão viva ela está,
E assim vou:
Sofrendo ,remoendo,e doendo
Como se a morte não existisse
E assim não vou amando,
Gozando e delirando
Como se a morte estivesse morta.