CILADAS DO AMOR

Ah, o amor, esse incompreendido!

Ele se faz de desentendido,

Quando pretende nos machucar.

Passa tempo se escondendo,

Faz de conta que não está vendo,

Mas sempre nos vê chorar.

Sou prisioneiro cativo do amor,

E dele não me afasto por nada,

Mesmo que me traga dissabor.

Ele sabe, e deixa-me nessa roubada,

Porém não me queixo, sou amante,

Ainda vou sair dessa, triunfante.

Pretendo sempre mais do amor

Que ele pode realmente me dar.

Por isso vou parar de me queixar

Enfrentar firme e de peito aberto,

Não importa, seja lá como for,

Um dia haverá de dar certo,

Então sairei desta, vencedor.

Marco Orsi