De mãos dadas...
Comigo mesma.
Costuro todas as noites os sonhos rasgados.
Remendando os trapos,
dizendo em voz baixa,
o que na verdade queremos.
Como se fosse um mantra repito:
De mãos dadas seguiremos!
Refaço-me na minha inocência.
Guardo em mim a esperança.
Com os olhos vidrados na fotografia
escrevo poemas soltos na tela,
antes que apodreça minha essência
nesta triste caligrafia.