Para Fabíola Santos
O sol se espreguiçou ao longe,
Limpou umas nuvens dos olhos
E abriu um sorriso azul
Típico da estação mais quente do ano.
O dia começou cedo em Recife.
Tão aceso quanto os outros dias de verão
e ela ainda estava no oitavo sono.
Era meio-dia. E enquanto as sandálias derretiam
Ela começava o ritual que o sol,
Horas atrás, começara.
E eu a olhar pela segunda vez
O despertar de um mundo.
Espreguiçava-se com toda graça.
Limpava os olhos e abria um sorriso azul
Típico de quem escrevia poesia ao sorrir.
Passeamos algumas horas pelo calçadão
de Boa Viagem.
Ela a se distrair e distribuir sorrisos,
Eu anotando cada sorriso no papel
fazendo de conta que a poesia era minha.
Então o sol arretado disse:
Ou ela, ou eu.
E se pôs.
Imagine você se ela acordasse mais cedo!