A Noite Era de Oiro 
 

A noite era de oiro
a lua estrelava prata
nos becos da aldeia
e vielas perdidas 

Os cidadãos meio afoitos
perdiam-se na tasca
em plena jogatina
no desengano de um jogo 

Como perdidos no tempo
sentiam o tragar dos dados
na incerteza desesperada
coberta de cânticos celestiais 

As crianças baloiçavam-se
num adormecimento
ingénuo eterno
em voos mágicos para o futuro 

São as fragrâncias do ser
delapidado pelo amor
dos namorados enternecidos
como amantes ao luar.

pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 19/06/2008
Reeditado em 12/01/2010
Código do texto: T1042347
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