Poesia de Recado

O que fazer das mãos? Dos versos que virão?

O que fazer da dor, amor?

Conta, que são horas e dias se esvaindo pelas fumaças,

Tragados na próxima garrafa...

E, pasme!

Não há nenhuma mensagem de nenhum náufrago!

O meu poema, menina, o meu próximo poema,

Será sempre a carta do náufrago que espera por socorro.

E a cada garrafa que porventura bebas,

Repara se no fundo, não está em teu alcance,

A minha salvação!

Dodô Cavalcante
Enviado por Dodô Cavalcante em 19/06/2008
Código do texto: T1041273
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