Poesia de Recado
O que fazer das mãos? Dos versos que virão?
O que fazer da dor, amor?
Conta, que são horas e dias se esvaindo pelas fumaças,
Tragados na próxima garrafa...
E, pasme!
Não há nenhuma mensagem de nenhum náufrago!
O meu poema, menina, o meu próximo poema,
Será sempre a carta do náufrago que espera por socorro.
E a cada garrafa que porventura bebas,
Repara se no fundo, não está em teu alcance,
A minha salvação!