Pedaço de tudo

Não sou eu mesma,nunca serei eu mesma

Pois há de ser um todo em um só

Um só que nunca estará completo.

Que graça haveria em ser eu em toda a vida

A mesma rotina,a mesma pessoa

O objeto estagnado no relógio do destino?

É claro que sou eu,mas serei a verdade em mim

A que não sou uma ,sou de um todo e de um tudo

Pois que liberdade buscariamos se cada um

Fosse si mesmo e bastasse somente isso?

Nada além do mistério de ser eu mesma

Eterna agonia de não saber quem sou.

Mas penso que a vida é um eterno jogo

E a cada dia posso ser um personagem diferente

A metamorfose complexa,a realidade incondicional.

Sou menina,sou mulher...Sou um homem,um menino

Sou a lua,as estrelas...Sou o mar e a imensidão

Brinco de fazer escolhas e às escolho em brincar ou não.

Sou o silêncio mas dentro esconde-se um grito

Penso então que mau tem em ser quem quero ser?

Sou a gargalhada,o choro reprendido,a tristeza,a felicidade

Sou a mente brilhante...A desentendida...A melhor ou a pior...

Quem seria se não houvesse as contradições da vida?

As retrições e a liberdade que criei?

Quem seria se não todas as coisas deste mundo?

Se não todas as pessoas desta vida?

Amar a arte de ser a palavra e o tempo

Amar ser de um tudo,um todo,um pouco do mundo.

Alaíse Lima
Enviado por Alaíse Lima em 18/06/2008
Código do texto: T1040780
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