Pena

Tenho, na ponta da língua,
Um escrito diferente.
Algo que brota, num piscar...
Fazendo palavras, de repente.

Envolvo entre as letras,
Sentimentos que encontro...
São brotos de goiabeira,
São beijos grudados, na jabuticabeira.

Tenho, nas mãos, uma PENA.
Labuta de um suor sagrado.
Algo que brota, do esforço,
De dizer-te, o que me é guardado.

Envolvo entre vontades,
Sentimentos que encontro...
São teus os verbos que uso,
Um valer à PENA, o dizer do outro.

Tenho, perdida, em meu tempo,
Recusas, em minha morada.
Não sei se é certo esperar...
PENA, por ti , eu não ser amada.






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