Quando chove o sertão muda o semblante se reveste da cor da esperança
No verão o sertão é desingano
Só se ver árvores secas sem folhagem
Quando chove é bela a paisagem
Se repete essa cena a cada ano
O roceiro se anima e toma plano
Vai pra roça com amor e confiança
Aliado com toda vizinhança
Cada um cava a terra confiante
Quando chove o sertão muda o semblante
Se reveste da cor da esperança
A pastagem se eleva urgentemente
A folhagem escurece o serrado
Na caatinga cada galho é emendado
Flores lindas encantam o ambiente
As aves gorgeiam alegremente
A ramagem com o vento se balança
Jitirana se contra e forma trança
Capim verde pra o gado é abundante
Quando chove o sertão muda o semblante
Se reveste da cor da esperança