Distância!


De mim enfim se distância,
aquela que até a pouco era só alegria,
que ainda agora era pranto,
terno e quente, pungente
pela emoção que trazia á meu coração,
á minha alma!
Fiquei vendo-a se dissipando na distãncia,
num horizonte onde a visão já não alcança...
Onde a visão tremeluzia,nublada pela emoção!
Foi-se a amada!
Engolida pela distância!
Desapercebida de que comigo ainda esta tão presente,
não pensa e nem sente que meu pensamento
aqui a denuncia!
Que meu sentido ainda a sente!
Estranho este distâciamento,
estranha esta despedida;
mesmo sem poder tocá-la,
impossibilitado de retê-la,
aqui em meus braços esta tão presente,
seu calor ainda aquece meu corpo,
em meus lábios ainda sinto seus lábios quentes!
Se é da natureza de certos entes,
ir e vir como se fossem vento, como se tivessem asas,
é da natureza deles deixarem impressões gravadas
em nós tão profundamente,
que a distância de seus corpos não é impedimento
para estarem conosco tão presentes?


15/12/2007

Edvaldo Rosa

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