VIDA GEOMÉTRICA.
Nessa minha vida geométrica
Não me quero vendo
O mundo assim...obtuso.
Nem me acomodar
Num canto do quadrado
Protegido por um ângulo reto.
Quem sabe
O equilíbrio instantâneo e pendular
Com seus riscos e adrenalinas
Me faça bem, instigando-me à vida.
No raio de uma circunferência,
No seu diâmetro,
No centro de tudo,
Um arco que seja de ínfima razão.
Nessa minha vida geométrica,
Nenhuma medida exata.
Um vértice qualquer
Que seja
Num plano sem dimensão,
No qual crio os meus versos
Lúcidos ou não.