GAVETAS
GAVETAS
Mário Osny Rosa
Ambiente dos guardados
Nela são conservados.
Recordação do passado
De tudo tem um bocado.
Custo a selecionar
O que fora vou jogar.
Aquela primeira carta
Que um amor resgata.
Lembro daquele momento
Com todo o meu sentimento.
Todas as juras de um amor
Relatadas com muito calor.
Logo fechei a gaveta
A saudade que espreita.
Nada podia de lá tirar
Meu coração magoar.
Dela me afastei
Nem mesmo olhei.
Foi o que meditei
De tudo que lembrei.
Vai ficar abarrotada
De papel amarelado.
Nem perto vou chegar
Nem quero mais lembrar.
São José/SC, 24 de janeiro de 2.006.
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