Na face!

Na cortina metálica, estalido...

Tônica do moinho, farinha mecânica...

Frente a férrea linha, montagem...

Do espaço vazio, verde aberto...

Sons de Santo André, no parque...

Industriais feitos serviços & bancos...

Ruas de alamedas, avenidas...

Encarquilhadas na Serra do Mar

City de longas vazas, rios...

Ora verde, ocre, cinza escuro...

Fétido como a boca do inferno, pena...

Parte do aparte fabril, cínico...

Entre os prédios que arranha o véu

Céu de cor estanho, chumbo, ou limpo...

Feitos copos de um velho bar

Espreguiçados no asfalto, sem ver lama...

Dessa que inflama aqueles que foram

Sem que muito se explicassem

Cores vazias, na torre que tem o Paço...

Azul feito branco, passo falso...

Sapato na trilha sem cardaço

Um último cigarro no maço

Nestes tempos de espera, azul inchaço...

Na meia palavra que ora invado

Separei as rimas em meio a fumaça

Ver na espera, em arco, íris, recado...

São coisas para passar a limpo

Enquanto olho à parte, a solidão!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 24/01/2006
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