DO AMOR QUE TIVE
Serei as lavas dos vulcões
E a alucinação
Dos que partiram.
Rasgarei os versos
Para não deixar vestígios
Nem medido
Seja o afeto meu.
Quando a saudade invadir teu peito,
Saias ao desalento do tempo,
Numa noite fria.
Parceira,
Terás a lua medrosa
A passear no céu,
A carícia do vento
A beijar-te o rosto
Ainda marcado
Pelos beijos meus.
Aí, estarei eu,
No lamento da cotovia,
Na tristeza da cascata,
Mas ainda muito enamorada
Do amor que tive um dia.