DO AMOR QUE TIVE

Serei as lavas dos vulcões

E a alucinação

Dos que partiram.

Rasgarei os versos

Para não deixar vestígios

Nem medido

Seja o afeto meu.

Quando a saudade invadir teu peito,

Saias ao desalento do tempo,

Numa noite fria.

Parceira,

Terás a lua medrosa

A passear no céu,

A carícia do vento

A beijar-te o rosto

Ainda marcado

Pelos beijos meus.

Aí, estarei eu,

No lamento da cotovia,

Na tristeza da cascata,

Mas ainda muito enamorada

Do amor que tive um dia.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 14/06/2008
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