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Maria da Graça Almeida
Dançarolava o susto,
nas cantigas do trovão.
As mãos retorciam arbustos,
os pés, o manjericão.
Nos cachos, suave a melissa,
erva doce, a hortelã,
nos lábios, a doce carícia,
do perfume da maçã.
Nos olhos, um frágil deleite,
a magia do amor,
uma aura, luz- enfeite,
espelhando clara cor.
Mas, ao sol do meio dia,
bem se via o afã
da mulher sem poesia,
sem aromas, sem manhãs.
Maria da Graça Almeida