Brisa
Lembro de vê-lo surgir no alto das árvores,
Num leve sibilar, suas folhas remexeu.
Pelos sulcos rasos do tronco, desceu
Derrubando, sapeca, a formiga indefesa.
Beijou as flores aos pés da imensa raiz,
Os frágeis arbustos, provocou, irreverente.
A areia no chão, moveu levemente,
E seguiu seu caminho, sua natureza.
A natureza do vento é ventar...
A minha, qual será?
Talvez seja poetar...
Talvez seja cantar...
Talvez seja brincar...
Com certeza, é amar.