LÁPIDES
A noite é um buraco de solidão e desespero
De consciências perdidas na injustiça de ser
Acenam como lenços as lembranças
Entre a mentira do presente e as trevas do futuro
Eis o sol secando lápides
Eis o inverno fazendo emergir podridões
O fator lucro-benefício
Da filosofia do existir
A primavera, ilusão colorida
O outono, cinzas das madrugadas