nunca se deve amar sem ser amado

colho algumas flores

pela beira da estrada

a cada passo

da caminhada

a cada lágrima

a cada gota de saudade

que escorre do rosto

ja' vai longe a cidade

ja' vai longe o desgosto

o tempo passeia calmo

entre as estrelas

sem pressa

a luz da lua

desastrada

se espalha aleatória

por dentro da mata

daquela natureza

quase encantada

meus olhos me levam

de volta a minha história

aonde eu queria estar

entrelaçado nos teus braços

afagado no teu colo

perdido no teu beijo

dentro do teu olhar

mas me contenho

e mantenho o passo

vasculho no meu arquivo de sonhos

algum que seja mais possivel

sobre outro motivo

ou outra pessoa

mas não encontro nada

sigo na estrada

nessa minha viagem a toa

pra lugar nenhum

aproveito mais a paisagem

e distraido

cantarolo trechos de canções antigas

faço balanços relâmpagos da vida

reuno meus pensamentos espalhados

agora eu sei

nunca se deve amar sem ser amado

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 11/06/2008
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